Olá. Sou eu aqui de novo, Viviane do multiHlab. No post Processo de brainstorm parte 1, a Fernanda falou que eu fui a responsável em anotar as ideias que iam surgindo em nossa conversa, usando para isso um documento de texto no Google Drive do projeto, compartilhando a tela para todo mundo ver o que eu estava escrevendo. Assim todos puderam se sentir contemplados em nosso processo de brainstorm, visualizando suas contribuições e avançando nas discussões. A ideia aqui foi entrar na chuva de ideias e se deixar molhar. Neste primeiro momento, a partir dos textos selecionados pela Profa. Renata, falamos muito sobre O que é Política, trazendo à tona os sentidos dados no senso comum, os preconceitos, os principais teóricos da Ciência Política, a vivência dos jovens, a relação com o nosso estar no mundo.
Depois, a Ana Beatriz registrou no post Processo de brainstorm parte 2 nossa preocupação em começar a fazer escolhas. Nosso primeiro filtro foi definir que este vídeo do Pergunta ao Prof apresentaria o conceito de Política, e que queríamos relacionar com a concepção de Política dos cidadãos, apresentando situações cotidianas vivenciadas pelos jovens que representariam ações políticas. É, choveram ideias. Foram 4 páginas de anotações, ainda em tópicos, para que fosse possível anotar rápido e manter o fluxo da reunião. Terminamos o encontro com isto em mente e fiquei com a tarefa de organizar as ideias surgidas no brainstorm capazes de auxiliar na construção do roteiro.
A organização das anotações colhidas no brainstorm é realizada na base do “copiar e colar”, gerando uma sequência lógica do argumento. Quais ideias contribuem para explicar o conceito de Política dos cidadãos? Quais situações são mais representativas de possíveis ações políticas dos jovens em seu cotidiano? Fiz essa organização sozinha, mas tentando traduzir ao máximo o pensamento coletivo.
Ao reler todas as anotações, organizei assim nosso argumento:
Ao falarmos em “Política”, o primeiro pensamento é relacionar com os poderes institucionalizados (poderes executivo, legislativo e judiciário, representantes políticos).
Nos anos 1990, fortalecemos no Brasil os movimentos da Sociedade civil que buscam influenciar as políticas públicas (fóruns, orçamento participativo, ONGs, grêmios estudantis).
Democracia como garantia de direitos. Democracia na qual somos todos responsabilidade de todos. Responsabilidade de um com todos.
Pensar em engajamento cívico - pertencimento a uma comunidade, bem comum.
De quais comunidades o jovem faz parte? Quais responsabilidades assume?
Ambientes/situações compartilhadas pelos jovens: escola, família, amigos.
Como o jovem pode se envolver no campo político – outras lógicas de fazer política além das instituições. Política não é só tirar título de eleitor e votar nas eleições.
Pandemia – relações entre a família, escola e amigos – tudo a partir de casa e de forma remota.
Como a jovem pode agir politicamente durante a pandemia? Pensar em controle social, pressões para cobrar a ação pública, agir em sua comunidade, não conformismo (tempo da reflexão, condições para ação, tempo da ação).
O que no passado já foi feito como mobilização política? Imaginação política, mobilizações por redes sociais, candidaturas coletivas, lutas feministas.
Aula online diminui o espaço de voz dos alunos – depende de acesso a infraestrutura, a entregas públicas.
Vejam que de 4 páginas, após organizado o argumento, ficamos em praticamente meia página. Várias outras ideias, conceitos, exemplos, situações do cotidiano não foram aproveitados neste momento. Poderiam, inclusive, ser fonte para argumentos de vários outros roteiros. Todas as ideias ficaram registradas e pode ser que virem outros episódios do Pergunta do Prof. Mas para o episódio que estamos construindo agora, por enquanto ficamos com esses 11 pontos.
Iniciaremos nossa próxima reunião resgatando essas ideias para começar a construção do roteiro propriamente dito. Este será o tema de novas postagens!